quarta-feira, 24 de junho de 2009

Narrativas que apresentam história de ser professor

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE N° GEAC
PROFESSORA: MARCEA SALES
CURSISTAS: MACICLEIDE, DANIELA, DULCENALVA, GERALDA, GICÉLIA


A Cultura do isolamento na profissão educativa resultou na separação entre o compromisso e a satisfação no trabalho, beneficiando os que se comprometem pouco e criando nas instituições educativas em ambiente favorável a falta de solidariedade e ao estabelecimento de lutas internas.
Francesc Imbernon (2007 p.08)

A escola não evolui como deveria por falta de autonomia dos sujeitos que realmente fazem educação. Sempre pensando no que os outros pensam e como vão ver seu trabalho, passam a vida procurando seguir modelos e métodos impostos pelos que só trabalham pela educação de forma indireta. Muitos professores trabalham buscando adequar seus planejamentos e sem entender direito o sentido de tal modelo, seguem no ”escuro”, na esperança do sucesso.
O modelo que está imposto resulta em professores insatisfeitos com os resultados obtidos diante de tais regras. Com esse sistema de ensino as organizações não ajudam, a romper com o isolamento. No entanto as salas de aula tornam-se cada vez mais isoladas, na qual os professores realizam seus planejamentos e conduzem suas aulas como achar conveniente usando de metodologias e recursos próprios que considerem coerente com a realidade da turma.
Idéias e pensamento que surgem com as experiências vividas, não são liberados nem socializadas devido à cultura do silencio e isolamento. As salas de aula representam células que unidas se transformam num corpo. Diante desse contexto, isso seria o ideal. Um corpo em funcionamento compartilhando seus saberes e experiências de vidas, tomando como base suas histórias e as histórias dos outros numa troca de conhecimento que gera educação interativa e colaborativa.
Entretanto continuamos acreditando que a educação é o melhor caminho para a solução dos problemas sociais, políticos e éticos do país, que não basta querer ter uma educação de qualidade, é preciso que convensamos o maior número possível de pessoas a juntar-se a nós, não para pensar da forma que pensamos, mas lutar sozinho é mais difícil e desgastante.
Como resultado de um trabalho isolado, estamos vivenciando essa realidade nos dados obtidos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) tanto no âmbito municipal, estadual e federal. Sendo assim, esse resultado também é isolado.
É possível um contrabando social do conhecimento e para isso é preciso haver articulação entre professores e hábito de investigar e investir na construção de novas metodologias educativas. Como diz Imbernon (2007) “É necessário ouvir as vozes e os relatos dos professores para desvendar uma parte do interior do ofício, para recuperar a esperança de que a paixão de ensinar ainda seja possível, dar a voz aos professores e professoras para que narrem o que sentem sobre sua vida profissional”. Em consonância com Imbernon, Marcea Sales, professora doutora em educação encontra eco para argumentar a escolha pela pesquisa, ação - formação, adotando como método de pesquisa a História de vida dos professores.
Diante das discussões e análises dos textos propostos para leitura chegamos à conclusão que para acabarmos com a prática do isolamento nas salas de aula, é necessário o professor saber organizar-se em um trabalho colaborativo, solidário e participativo, no qual a troca de experiências sejam elas bem sucedidas ou não tragam contribuições produtivas.

IMBERNON, Francesc. Aprender com história de vida. Pátio. Revista pedagógica-Ano XI nº 43 ago/out2007.


SALES, Márcea(H) a vida na história. Texto ainda não publicado